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Estudantes de cursos técnicos também devem ficar atentos à formação dos professores

segunda-feira, 7 de março de 2016

No IFC Campus Luzerna, dos 38 docentes do ensino profissionalizante, sete são Doutores, 22 são Mestres e cinco são Especialistas

Com a alta demanda por profissionais técnicos no mercado de trabalho, cresce também a oferta de cursos profissionalizantes. Se antes a avaliação do corpo docente era feita apenas por quem cogitava fazer um curso superior, agora a qualificação dos professores que atuam em cursos técnicos começa a receber a mesma atenção.

A expansão da Rede Pública Federal de Educação Profissional e Tecnológica e o advento dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia em todos os cantos do País têm sido responsáveis pela formação de profissionais técnicos a partir de estruturas que incluem um corpo docente de excelência. Com professores bem qualificados, o Instituto Federal Catarinense (IFC) Campus Luzerna, no Meio-Oeste do Estado, é um exemplo deste cuidado que se deve ter quando o assunto é educação.

Dos 38 docentes que estão lecionando nos cursos profissionalizantes da instituição, 34 são pós-graduados – sendo sete Doutores, 22 Mestres e cinco Especialistas (a contagem não levou em consideração aqueles que estão cursando o Mestrado ou Doutorado). Confira aqui a tabela completa. Muitos dos professores, além de atuarem nos cursos técnicos, também lecionam nos dois bacharelados ofertados, Engenharia de Controle e Automação e Engenharia Mecânica – o que enriquece ainda mais as aulas dos futuros profissionais e fortalece o sentido de verticalização da formação, uma das premissas dos Institutos Federais.

“Na atual conjuntura, a carreira no magistério da Rede Federal tem se mostrada atraente em relação ao setor privado, pois oferece plano de carreira com salário vinculado ao nível de formação; estabilidade; além de permitir e incentivar a formação continuada dos servidores”, comenta o diretor-geral do IFC Campus Luzerna, professor Eduardo Butzen.

“Ainda em comparação com o setor privado, num momento de crise normalmente os mais qualificados e com salários mais altos são os primeiros a serem desligados das instituições, em virtude da contenção de despesas. Todo este contexto é responsável por contarmos hoje na Rede Federal com um número elevado de professores com titulação de Mestre, por exemplo”, analisa o diretor. “O maior ganho, por consequência, é dos nossos alunos, que contam com um corpo docente altamente qualificado.”

Atualmente a instituição trabalha com duas modalidades no nível profissionalizante: o Técnico Integrado e o Técnico Subsequente. Na primeira forma, o aluno tem a oportunidade de fazer todo o Ensino Médio no próprio instituto, ao mesmo tempo em que cursa as disciplinas profissionalizantes. Já o Técnico Subsequente exige o Ensino Médio completo e acontece apenas no turno noturno. O IFC Luzerna oferece as formações em Automação Industrial (Integrado e Subsequente), Mecânica (Subsequente) e Segurança do Trabalho (Integrado).

Para o diretor do Departamento de Desenvolvimento Educacional do IFC, professor Jessé de Pelegrin, todo cidadão deseja ingressar em uma instituição de qualidade e com professores com titulação de destaque, porém, muitas vezes o interessado acaba esbarrando em questões financeiras. É aí que entra o detalhe da gratuidade ofertada pelos Institutos Federais. “De modo geral subentende-se que o ensino privado é o único ambiente capaz de ofertar uma boa educação. Com a expansão da Rede Federal, a educação de excelência está disponível para toda a população sem nenhum custo”, destaca Jessé.

“No IFC Luzerna temos docentes específicos para cada área de atuação. Estamos falando de uma equipe técnica altamente capacitada para dar todo o amparo necessário exigido pelo processo educativo. É preciso ressaltar também que temos excelentes alunos, aprovados em um rigoroso processo seletivo – o Exame de Classificação”, afirma o professor. “Enfim, trata-se de um trabalho em equipe que conta não só com docentes e alunos, mais com pais atuantes, servidores técnicos-administrativos, equipe pedagógica etc”.

Pedagogo do IFC, Ademir Bazzoti destaca que, além da qualificação docente, o tempo que o professor destina a estudos e preparação das aulas também faz parte da base vivenciada pelos estudantes. “Dos indicativos que impactam na qualidade da educação, o planejamento da disciplina e o preparo das aulas pelo professor nem sempre são visíveis pela comunidade escolar, mas se constituem em uma função importante para o desenvolvimento da proposta pedagógica”, diz Ademir. “Na educação profissional, este momento impulsiona a proposta de ensino, que no IFC pressupõe a integração curricular e a superação da distância entre teoria e prática.”

O pedagogo lembra, porém, que o aluno deve fazer a sua parte. “Como todo processo de desenvolvimento, a aprendizagem requer dedicação e esforço, fatores que demandam também atuação do estudante, no sentido de se constituir sujeito ativo da própria formação através de habilidades como responsabilidade, autonomia e disciplina. Isto se aplica para além do processo escolar”, completa Ademir.

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Wagner Lenhardt

Jornalista – MTE 0003635 JP-SC
Coordenação Especial de Comunicação – CECOM
Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Luzerna

Aula do Ensino Médio Integrado no IFC Luzerna: formação básica já com professores de alta titulação

Aula do Ensino Médio Integrado no IFC Luzerna: formação básica já com professores de alta titulação (Foto: CECOM/Luzerna)